Cloverfield é um pseudo-documentário como o suspense A Bruxa de Blair. Mas, com resultados superiores na minha opinião. Entretanto, o impacto das cenas do filme, assim como em A Bruxa de Blair, devem ser menores fora do cinema. O que pode ser uma das razões do seu grande sucesso. Numa época em que cada vez mais os filmes vão as pessoas e não o contrário, Hollywood busca novas formas de criar experiências que sejam difíceis de serem reproduzidas em casa.
Não que Cloverfield traga a parafernália tecnológica de um Beowulf ou tenha sido criado exclusivamente para exibição em cinemas IMAX. Muito pelo contrário, na verdade o filme é bem modesto no que diz respeito a efeitos especiais. Não há nada aqui que não tenha sido visto antes. Mas a forma como a ação é contada é que faz toda a diferença. Cloverfield narra um ataque devastador de um monstro(!) gigante(!!) em Nova York do ponto de vista de um grupo de jovens que registra tudo com uma câmera digital.Confesso aqui que não depositei atenção as noticias divulgadas no marketing promocional do filme, achava que tudo era hype da mídia em cima de J.J. Abrams, produtor do filme e um dos criadores do (excelente) seriado Lost, mas depois da sensacional estréia nos EUA, decidi encarar uma sessão do filme.
Não me arrependi nem um pouco. O estilo semidocumental caiu como uma luva para a proposta de narrar de forma realista um monstro invadindo Nova York. O filme é bem mais rico em ação, tensão e suspense do que muito “Duro de Matar” que estréia a cada quinze dias nas salas de cinema. Vale uma conferida.
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